Bitcoin vai a US$ 41.500 e analistas começam a ver luz no fim do túnel; ApeCoin dispara 37%

Postado Por: Redação Categoria: Criptomoedas Comentários: 0

Bitcoin vai a US$ 41.500 e analistas começam a ver luz no fim do túnel; ApeCoin dispara 37%

O Bitcoin (BTC) continua em recuperação desde que atingiu seu preço mínimo de cinco semanas, de cerca de US$ 38.700, na madrugada de segunda-feira (18). Às 7h15 de hoje, a maior criptomoeda do mercado era negociada a US$ 41.506, em salto de 1,9% nas últimas 24 horas.

Apesar do pessimismo que predomina entre analistas em relação ao preço da criptomoeda, afastando a possibilidade de novas máximas no horizonte de médio prazo, alguns especialistas já começam a ver a possibilidade de uma retomada mais forte do que se esperava nesse momento.

“O cenário macro parece positivo na minha opinião”, escreveu Marcus Sotiriou, analista da corretora de ativos digitais GlobalBlock, em um boletim informativo.

Sotiriou disse acreditar que a economia terá “um pouso suave”, apesar de muitos analistas preverem uma recessão. Ele está, portanto, otimista quanto ao desempenho do Bitcoin e do mercado de ações, embora o Federal Reserve (Fed) possa aumentar as taxas de juros em 0,5 ponto percentual no próximo mês – o dobro dos aumentos de 0,25 ponto percentual observados nos últimos anos.

Investidores, no entanto, seguem desfazendo posições em meio às incertezas em torno da reação da economia e do impacto dos aumentos da taxa de juros pelo Fed. Na semana passada, os fundos de criptomoedas registraram resgates pela segunda semana consecutiva, com cerca de US$ 97 milhões em retiradas.

Por outro lado, de acordo com a casa de análise Glassnode, uma grande quantidade de oferta de Bitcoin foi acumulada na faixa de preço entre US$ 38 mil e US$ 45 mil, o que sugere que os traders com mais estômago para suportar a volatilidade são responsáveis por manter o Bitcoin acima do nível de preço de US$ 40 mil neste momento.

“Apesar de mais dois meses de consolidação lateral, uma grande proporção do mercado parece não querer gastar e vender suas moedas, mesmo que estejam com prejuízo”, escreveu a Glassnode ontem. Um movimento mais brusco, porém, ainda deve vir pela frente: “Os traders ainda precisam fazer apostas de alta convicção para o lado positivo ou negativo”, afirmaram analistas da empresa de pesquisa de investimentos FundStrat.

Já a empresa de análise de blockchain Coin Metrics observou que o Bitcoin está se aproximando do meio do caminho entre o terceiro e o quarto halvings, como é chamado o evento que corta a recompensa dos mineradores pela metade a cada quatro anos. O próximo está previsto para acontecer em 4 de maio de 2024.

“Os halvings são a principal característica da política monetária programática do Bitcoin”, escreveu a Coin Metrics, ressaltando que o preço da criptomoeda tende a aumentar à medida em que se aproxima a data da redução das recompensas da blockchain.

Ainda assim, não está descartada a possibilidade de a subida atual ser momentânea, e esbarrar em resistências (preços com alto interesse de venda) próximas de US$ 42 mil, US$ 43 mil e US$ 45 mil. Caso isso ocorra, é possível que o BTC recue e volte a testar o suporte na região dos US$ 40 mil.

Segundo o trader Vinícius Terranova, em participação no Cripto+ desta semana, uma nova queda do Bitcoin para menos de US$ 40 mil deve levar o preço da criptomeda para a região dos US$ 37 mil, e abre a possibilidade para um recuo mais agudo para cerca de US$ 30 mil na sequência. No entanto, os fatores macroeconômicos e a correlação da criptomoeda com a Nasdaq devem seguir sendo os principais motores de alta ou baixa da moeda digital.

Como é de costume, a alta ou estabilidade do Bitcoin em uma zona de menos perigo abre espaço para a valorização de diversas altcoins (criptos além do BTC). O destaque do dia é a ApeCoin (APE), criptomoeda dos mesmos criadores da coleção de NFT Bored Ape Yatch Club. Nas últimas 24 horas, o token disparou 37,4% e já é negociado acima de US$ 16,70.

Já o Synthetix (SNX), um protocolo DeFi especializado em ativos sintéticos, sobe 15,9% após lançar criptos que espelham o ouro e a prata em uma plataforma focada em negociações com alavancagem – na prática, aumentando as possibilidades de especulação sobre os preços dos metais.

Por outro lado, o Ethereum (ETH) tem avanço mais modesto e acompanha o Bitcoin com salto de 1,8%, para US$ 3.101, nas últimas 24 horas.

No Brasil o destaque negativo vai para o ETF Hashdex Smart Contract Plataform FI (WEB311), que fechou em queda de quase 20% ontem em correção após subir próximo de 25% no pregão de segunda-feira (18). O fundo de índice rastreia projetos de contratos inteligentes. Atualmente, é composto por Ethereum, Cardano (ADA), Solana (SOL), Polkadot (DOT), Algorand (ALGO), Tezos (XTZ) e Cosmos (ATOM).

Compartilhar Post