Realização de lucros derruba bitcoin, apesar de captação positiva em ETFs.
O bitcoin opera em queda nesta segunda-feira (6), refletindo um movimento de realização de lucros após o rali das últimas semanas. Ainda assim, o interesse dos investidores pelo ativo digital permanece forte, com os fundos de criptoativos registrando novas entradas expressivas.
Por volta das 15h40 (horário de Brasília), o bitcoin recuava 0,66%, sendo cotado a US$ 94.812,49, enquanto o Ethereum caía 0,20%, negociado a US$ 1.824,48, conforme dados da Binance. O destaque do período foi a criptomoeda Virtual, que disparou 58,8% entre os dias 30 de abril e 2 de maio, saltando de US$ 1,19 para US$ 1,89, segundo a analista Ana de Mattos, da Ripio.
Para Alex Kuptsikevich, analista da FxPro, “a correção do bitcoin parece uma realização de lucros de curto prazo”.
O mercado também adota uma postura mais cautelosa na véspera da decisão de política monetária do Federal Reserve, marcada para quarta-feira. Apesar da expectativa de manutenção da taxa de juros, os dados mais fortes do mercado de trabalho dos EUA diminuíram as chances de cortes no curto prazo.
Axel Adler Jr., da CryptoQuant, projeta que “enquanto aguarda o Fed, o BTC deve oscilar entre US$ 92 mil e US$ 98 mil”. Um discurso mais flexível (dovish) pode impulsionar o ativo rumo aos US$ 100 mil, enquanto um tom mais duro (hawkish) pode levá-lo ao suporte de US$ 90 mil.
Apesar da volatilidade, o interesse institucional continua em alta. Segundo a CoinShares, os fundos de criptoativos captaram US$ 2 bilhões líquidos na última semana — US$ 1,8 bilhão só em ETFs de bitcoin. Foi a segunda semana consecutiva de fortes entradas, somando US$ 5,5 bilhões em três semanas.
Entre os investidores institucionais, a Strategy ampliou sua exposição com a compra de 1.895 bitcoins, em um aporte de aproximadamente US$ 180 milhões. A Semler Scientific adicionou 167 BTCs ao portfólio e já acumula retorno de 22,2% no ano. Já a Thumzup Media está em busca de levantar US$ 200 milhões para ampliar sua posição no mercado, após investir US$ 1 milhão em janeiro.
