Impulsionado por Trump e Powell, Bitcoin atinge US$ 100 mil pela primeira vez

O bitcoin disparou nesta quinta-feira, 5, ultrapassando pela primeira vez a marca simbólica de US$ 100 mil, renovando a máxima histórica do ativo. O movimento foi impulsionado pela nomeação de Paul Atkins, um entusiasta de criptomoedas, para a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) pelo presidente eleito Donald Trump, gerando expectativa por regulamentações mais favoráveis.

Comentários do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, também contribuíram para o desempenho do bitcoin. Durante a sessão, no entanto, o ativo perdeu parte dos ganhos devido à realização de lucros.

Por volta das 16h50 (horário de Brasília), o bitcoin avançava 2,90%, sendo negociado a US$ 99.423,05, enquanto o ethereum subia 0,27%, cotado a US$ 3.842,51, de acordo com dados da Binance. No pico do dia, o bitcoin chegou a alcançar US$ 104.088,00.

Segundo Fábio Plein, diretor regional para as Américas da Coinbase, o marco de US$ 100 mil reflete a crescente confiança na criptoeconomia, impulsionada pelo entusiasmo dos investidores e o apoio de grandes instituições financeiras. Sebastián Serrano, CEO e cofundador da Ripio, destacou o momento de grandes expectativas para o setor, com avanços regulatórios, recordes de adoção e novas ferramentas financeiras sendo desenvolvidas.

Powell comparou o bitcoin ao ouro, afirmando que ele é “virtual, digital” e, devido à sua volatilidade e uso atual, “não é tanto um concorrente do dólar como é do ouro”.

Ainda segundo especialistas, a saída de Gary Gensler da presidência da SEC pode sinalizar uma administração mais favorável às criptomoedas, com potencial para aliviar disputas legais contra grandes bolsas e abrir espaço para a aprovação de ETFs de ativos como Solana, Ripple e Litecoin.