Queda no preço do petróleo impulsiona ações de companhias aéreas europeias
As ações de companhias aéreas europeias registraram forte alta nesta segunda-feira, impulsionadas por uma queda significativa nos preços do petróleo — fator essencial para os custos operacionais do setor. O movimento do mercado foi motivado por um sinal da Opep+ de que pretende aumentar a produção nos próximos meses, ampliando a oferta global da commodity.
Entre os destaques, a Lufthansa (ETR:LHAG) avançou mais de 2%, enquanto a Air France-KLM (EPA:AIRF) subiu 2,5% e a Norwegian Air Shuttle (OL:NAS) teve valorização superior a 4,6%. A tendência positiva seguiu o desempenho da australiana Qantas Airways (ASX:QAN), que alcançou seu maior valor em um mês.
A queda nos preços do petróleo também refletiu uma combinação de maior oferta esperada e demanda global enfraquecida, levando o barril novamente a níveis próximos das mínimas de quatro anos vistas no início de abril. Os futuros do petróleo Brent para junho recuaram 2,0%, a US$ 60,05, enquanto os contratos do WTI caíram 2,1%, a US$ 56,59 por barril (às 04h34 no horário de Brasília).
Durante o fim de semana, a Opep e seus aliados (conhecidos como Opep+) anunciaram que aumentarão a produção em 411 mil barris por dia a partir de junho — volume quase três vezes superior ao previamente previsto. Países-chave como Arábia Saudita e Rússia liderarão esse aumento.
A pressão sobre os preços do petróleo também vem se intensificando ao longo de 2025, em meio a tensões comerciais internacionais. A política tarifária dos Estados Unidos, conduzida pelo presidente Donald Trump, incluiu a imposição de tarifas de até 145% sobre importações chinesas, o que gerou retaliações de Pequim com taxas de cerca de 125%. Embora EUA e China tenham sinalizado disposição para retomar o diálogo, o impacto sobre a demanda global por petróleo continua sendo um fator de instabilidade.
Com os custos de combustível em queda, o setor aéreo ganha fôlego para atravessar um cenário global ainda desafiador, especialmente com a aproximação da alta temporada de viagens no Hemisfério Norte.