Speedbird Aero capta R$ 35 milhões em rodada série A
A startup paulista Speedbird aero captou nesta terça-feira (24) uma quantia de R$ 35 milhões em uma rodada série A, liderada pelo fundo Bela Juju Ventures.
A companhia é a única autorizada a atuar em seu segmento, o de entregas de delivery via drones. Dessa maneira, a quantia levantada será utilizada para ampliar sua atuação no Brasil.
Rodada série A da Speedbird
A rodada em questão aconteceu na última terça-feira (24), sendo liderada pelo fundo americano Bela Juju Ventures e contando com a participação dos fundos brasileiros Nau Capital, Domo Invest e alguns investidores-anjo.
Além disso, os grupos brasileiros já haviam participado de um aporte seed realizado no ano de 2020. Nessa época, ao lado de investidores-anjo, um valor de R$ 3,5 milhões foi levantado. A quantia obtida na rodada série A será, portanto, utilizada para expandir sua atuação no Brasil.
No começo do ano, a startup se tornou a primeira companhia autorizada a realizar entregas por drones no país. Isto pois, o modelo DLV-1 da Speedbird foi a primeira aeronave não-tripulada a receber autorização da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para realizar entregas de caráter comercial. Esse modelo tem a capacidade de transportar até 3 kg em até 3 quilômetros.
Para obter a certificação da Anac, a companhia cumpriu uma série de testes desde meados de 2020.
Atualmente a companhia possui parceria com empresas como o iFood e BRV, com o objetivo de fazer entregas em suas aeronaves não-tripuladas. No período de um ano, a companhia prevê operar com 40 DLVs.
A Speedbird possui, atualmente, três modelos em operação, contanto com o modelo autorizado pela Anac. Eles são o DLV-2, que tem a capacidade de transportar até 8 kg em uma distância de até 10 km, e o DLV-4 que transporta até 5 kg em até 100 quilômetros.
Este último modelo é focado em pouso e decolagem vertical, além de ser dedicado a longas distâncias. O DLV-4 pode, ainda, atingir a velocidade de 100 km/h.
A companhia, que já tinha planos de crescimento para este ano, pôde aumentar as metas desse ano com a quantia levantada na série A. Atualmente, a companhia está montando uma fábrica em sua terra natal: Franca (SP), com a previsão de iniciar as montagens de novos modelos em Junho deste ano.
Inicialmente, a linha de produção vai fabricar de três a quatro modelos por mês, aumentando sua produção de acordo com seus acordos fechados.
Apesar de ter oito contratos assinados, o plano mais avançado envolve o iFood. Os testes começaram em Campinas (SP), sendo expandidos para a capital Aracaju (SE).
Além disso, a startup também conta com a ampliação de sua base de colaboradores. Atualmente, a Speedbird possui cerca de 45 funcionários, com o objetivo de fechar este ano com uma base de 100 profissionais.
Surgimento da startup
A Speedbird aero nasceu em Franca (SP) no ano de 2018, sendo fundada por Manoel R. Coelho e Samuel Salomão, atingindo empresas como iFood e BRF (SA:BRFS3). Com a segunda, a startup começou seus testes fazendo pontes entre laboratórios genéticos e fazendas.
Além de contar com o serviço de entrega por drones, a companhia também oferece o serviço de “drone as a service”, oferecendo a mão de obra capaz de operar aeronaves não-tripuladas para grandes empresas.
Segundo Coelho, a startup tem como objetivo aliviar a malha de entregas de produtos no país, através de medidas logísticas. “Desde o início, a proposta da SpeedBird é resolver o gargalo logístico, que sabemos que é um problema grave do Brasil”.
A empresa nasce, ainda, em um mercado com grandes expectativas de crescimento. Segundo a Insider Intelligence, o âmbito de drones tem a projeção de movimentar, em 2025, US$ 63,6 bilhões. A área segue atraindo empresas e investidores desde seu surgimento.