A companhia aérea Azul concluiu com sucesso o processo de renegociação de suas dívidas com arrendadores e fabricantes de aeronaves.
A companhia aérea Azul (BVMF:AZUL4) concluiu com sucesso as negociações de reestruturação com a maioria de seus arrendadores e fabricantes de aeronaves, como parte de seu processo de reestruturação, que envolveu a prorrogação dos prazos de pagamento da dívida e a captação de capital adicional.
Conforme anunciado pela empresa em um comunicado divulgado no domingo, os acordos abrangem a eliminação das obrigações de arrendamento que haviam sido diferidas durante a pandemia, bem como uma redução permanente nos pagamentos de arrendamento, ajustando-os às taxas de mercado atuais.
Essa reestruturação foi inicialmente anunciada em março, quando a Azul informou que havia concordado em oferecer participação acionária e títulos negociáveis aos arrendadores e fabricantes de aeronaves em troca de pagamentos mais baixos.
Alex Malfitani, vice-presidente financeiro da Azul, comentou: “Por meio desses acordos, melhoramos significativamente nossa estrutura de capital e fluxo de caixa, reduzindo nossos passivos e pagamentos de arrendamento, enquanto cumprimos nosso compromisso de compensar integralmente nossos parceiros.”
Estima-se que essa reestruturação resultará em uma redução de mais de 1 bilhão de reais nos pagamentos de arrendamento anuais da Azul.
Como parte desses acordos, a Azul emitiu notas sem garantia no valor de 370 milhões de dólares com vencimento em 2030, com uma taxa de juros de 7,5%. Além disso, concordou em conceder aos arrendadores e fabricantes até 570 milhões de dólares em ações preferenciais da empresa, avaliadas em 36 reais cada.
Essas ações serão emitidas trimestralmente, a partir do terceiro trimestre de 2024 até o final de 2027. A Azul explicou que, durante esse período, se o preço das ações preferenciais da Azul estiver abaixo de 36 reais no momento da aferição, a empresa poderá compensar a diferença emitindo ações preferenciais adicionais, liquidando em dinheiro ou emitindo novos instrumentos de dívida. Se o preço de negociação das ações preferenciais da Azul estiver acima de determinados limites, o número de ações emitidas será limitado a esses limites, minimizando a diluição.
As ações da Azul na bolsa de São Paulo fecharam a 14,48 reais na sexta-feira, registrando um aumento de 31,5% no ano até o momento, embora ainda estejam significativamente abaixo dos níveis pré-pandemia, quando eram negociadas acima de 60 reais no início de 2020.