O que vai determinar o spread no mercado de crédito: queda da Selic e risco fiscal no radar
O mercado de crédito vive um momento de atenção, impactado pelo risco fiscal no Brasil e pela perspectiva de manutenção dos juros em patamares elevados. A WIT Asset, gestora especializada no setor, adota uma estratégia mais conservadora, elevando a posição em caixa e priorizando ativos com menor volatilidade, como CDBs, Letras Financeiras e cotas sênior de FDICs.
De acordo com Gustavo Reolon, diretor comercial da WIT, a possibilidade de abertura dos spreads de crédito preocupa. Esse movimento está diretamente ligado às incertezas fiscais, ao aumento do endividamento público e aos riscos políticos, especialmente no cenário pré-eleitoral de 2026.
Por outro lado, há sinais de melhora no médio prazo. A expectativa é de que o Banco Central inicie um ciclo de queda da Selic no final deste ano ou início de 2026. Além disso, uma possível mudança no governo pode favorecer uma condução fiscal mais responsável, contribuindo para a redução dos spreads e um ambiente mais favorável para ativos de risco.
No cenário externo, o possível corte de juros pelo Federal Reserve também pode aliviar as condições financeiras globais, beneficiando mercados emergentes como o Brasil. A combinação desses fatores pode fortalecer tanto o mercado de crédito quanto a Bolsa no próximo ano.