Apesar dos desafios legais, tarifas dos EUA devem continuar elevadas, afirma UBS.

Postado Por: Redação Categoria: Economia Comentários: 0

Apesar dos desafios legais, tarifas dos EUA devem continuar elevadas, afirma UBS.

As tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos devem permanecer em níveis elevados, mesmo diante de questionamentos legais em andamento, segundo avaliação de analistas do UBS.

As tarifas foram implementadas durante o governo do ex-presidente Donald Trump, com o objetivo de reverter déficits comerciais, repatriar empregos industriais e aumentar a arrecadação. Apesar de algumas dessas medidas terem sido suspensas temporariamente enquanto os EUA buscam acordos bilaterais, seguem em vigor taxas básicas de 10%, além de impostos sobre aço, alumínio e outros produtos.

O futuro dessas tarifas, no entanto, enfrenta desafios jurídicos. O Tribunal de Comércio Internacional dos EUA decidiu que Trump excedeu sua autoridade ao instituí-las. Embora a Casa Branca tenha conseguido uma suspensão temporária da decisão por meio de um tribunal de apelações, o caso pode ser levado à Suprema Corte.

Ainda assim, o UBS acredita que mesmo um eventual revés legal não significará o fim das tarifas.

“Mesmo que a Suprema Corte mantenha a decisão do tribunal de comércio, a administração tem múltiplos caminhos legais para reestruturar o regime tarifário,” destacaram os analistas em nota enviada a clientes.

A projeção do banco é que a tarifa média efetiva dos EUA permaneça em torno de 15% até o fim do ano, bem acima dos níveis registrados antes da adoção da atual política comercial.

Além da persistência das tarifas, o UBS observa que o impacto das disputas comerciais tende a se tornar mais previsível com o tempo:

“O risco de choques e manchetes ligadas às tarifas continua alto, mas eventuais mudanças ou ameaças estão se normalizando conforme a guerra comercial se estende.”

A análise também aponta que os EUA devem concentrar sua pressão tarifária em países com negociações comerciais estagnadas, como a União Europeia, em vez de buscar rupturas amplas no sistema de comércio global.

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