O prejuízo da Natura&Co no primeiro trimestre aumentou em 43%, chegando perto de R$1 bilhão.
No primeiro trimestre, a Natura&Co (BVMF:NTCO3) registrou um prejuízo líquido consolidado de 935 milhões de reais, um aumento em relação ao prejuízo de 652 milhões no mesmo período do ano anterior. O balanço divulgado no final da segunda-feira também mostrou uma queda de 9% no resultado operacional, medido pelo Ebitda, que chegou a 547,4 milhões de reais, juntamente com uma redução de 6% na receita líquida, para 6,1 bilhões de reais.
A empresa atribuiu esse desempenho a “operações descontinuadas, impostos mais altos do mix de países e perdas cambiais e impactos contábeis da hiperinflação”. O CEO Fabio Barbosa mencionou que, no Brasil, a Avon ainda enfrenta desafios, mas há uma tendência de melhora mensal e a expectativa é que a receita da Avon se estabilize ao longo do segundo semestre.
Barbosa também mencionou que a empresa está considerando uma possível separação da Avon, mas sem fornecer mais detalhes. O fluxo de caixa livre da Natura&Co foi negativo em 1 bilhão de reais, 368 milhões a menos que o mesmo período do ano anterior, devido a fatores como “faseamento de investimentos”.
A empresa viu uma redução de 21,8% no número de consultoras disponíveis no Brasil, chegando a 1,6 milhão no primeiro trimestre, principalmente devido à saída de consultoras menos produtivas. Na América Latina hispânica, houve uma queda de 19,1% no número de vendedoras no período. A Natura&Co está priorizando a “produtividade em detrimento da expansão no número de consultoras”.