Os registros de atividades criminosas no mercado de criptomoedas estão apresentando um aumento preocupante.

No último ano, o cenário das criptomoedas testemunhou um aumento sem precedentes de atividades ilícitas. Golpistas e hackers conseguiram desviar uma quantia estimada em US$1,75 bilhão em ativos digitais, envolvendo 283 casos de roubo. Esses números representam o mais alto registro já documentado para crimes desse tipo.

Essa tendência alarmante aponta para um problema em crescimento dentro da comunidade de criptomoedas, com os roubos se tornando mais frequentes e em maior escala a cada ano. Nos primeiros três meses de 2024, essa sequência preocupante de eventos continuou, com quase 50 roubos de criptomoedas, resultando em uma perda de quase US$500 milhões.

De acordo com dados do site AltIndex.com, o início de 2024 testemunhou um aumento acentuado na atividade criminosa relacionada a criptomoedas, com o valor roubado se aproximando de US$430 milhões. Esse aumento é particularmente alarmante quando comparado com os números dos anos anteriores.

Os primeiros três meses de 2024 já representam cerca de um terço do total de roubos relatados durante todo o ano de 2023, que foi marcado por um número recorde de casos. Além disso, as perdas financeiras sofridas pelos usuários de criptomoedas nesse período inicial equivalem a aproximadamente um terço do total das perdas do ano anterior.

A maior parte das perdas este ano está ligada a um incidente significativo: a violação da plataforma de jogos baseada em criptomoedas PlayDapp, que resultou no roubo de tokens PLA avaliados em US$290 milhões na época do ataque. Esse evento isolado destaca o impacto profundo que um único ataque bem-sucedido pode ter na segurança e estabilidade do mercado de criptomoedas.

O primeiro trimestre de 2024 também evidenciou a contínua vulnerabilidade dos protocolos de Finanças Descentralizadas (DeFi), que têm sido alvos frequentes de criminosos virtuais. As estatísticas mostram que 60% dos roubos de criptomoedas nesse período foram direcionados às plataformas DeFi, totalizando 28 incidentes.

Esses números destacam o quão atrativas as plataformas DeFi são para os golpistas, principalmente devido às vulnerabilidades nos códigos dos contratos inteligentes, que são exploradas para desviar fundos. Somente em janeiro, foram registrados 12 ataques a protocolos DeFi, seguidos por mais oito em cada um dos meses seguintes, fevereiro e março.