Após obter licença para atuar como fintech, a Telefônica vai lançar mais serviços financeiros.
A Telefônica Brasil, dona da Vivo, obteve a licença do Banco Central para operar como Sociedade de Crédito Direto (SCD), o que permite à empresa realizar operações de empréstimo e financiamento sem intermediação de bancos tradicionais. Após essa liberação, a companhia planeja lançar novos serviços na área de crédito nos próximos meses.
Com essa licença, a Vivo passa a atuar como uma fintech de crédito, oferecendo maior flexibilidade para o desenvolvimento de novos serviços e aumento da eficiência de suas operações. A empresa destacou que essa mudança é um marco importante para sua estratégia.
O diretor da Vivo Fintech, Leandro Coelho, afirmou que a evolução natural da jornada da Vivo na vertical de serviços financeiros começou em 2020, quando a empresa lançou seus primeiros produtos financeiros, aproveitando o ecossistema Vivo. A marca Vivo Pay, plataforma de soluções financeiras da empresa, será responsável por abrigar os novos serviços, que incluirão uma conta digital com benefícios exclusivos para clientes, além de novos produtos de crédito, que são o carro-chefe do portfólio de serviços financeiros da empresa.
O empréstimo pessoal da Vivo alcançou R$ 446 milhões em junho, registrando um aumento de 62,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto recentemente foram lançados mais dois serviços de crédito: parcela Pix e antecipação do saque-aniversário do FGTS.
Nos últimos 12 meses, as receitas de serviços financeiros da Vivo somaram R$ 450 milhões, um crescimento de 26,9% em comparação anual, e o portfólio do Vivo Pay inclui ainda seguro para celulares e outros dispositivos, como tablets e notebooks.
A estratégia da empresa é alavancar os novos serviços através do aplicativo Vivo, que já é utilizado por oito em cada dez clientes, permitindo que os assinantes contratem e gerenciem o portfólio financeiro diretamente pelo aplicativo, na aba Vivo Pay, sem a necessidade de baixar outro aplicativo.
A empresa garantiu que a migração para o novo modelo não terá impacto para o consumidor final, destacando que ter controle total da operação permitirá integrar ainda mais os serviços financeiros aos seus canais, resultando em uma experiência de uso aprimorada.