José Freitas, CEO da Oliveira Trust, afirma que a alta da Selic deve impactar negativamente esses FIIs.

Postado Por: Redação Categoria: FII e Fundos Comentários: 0

José Freitas, CEO da Oliveira Trust, afirma que a alta da Selic deve impactar negativamente esses FIIs.

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) de tijolo devem enfrentar dificuldades com a elevação da taxa de juros, segundo José Alexandre Freitas, CEO da administradora de fundos e agente fiduciária Oliveira Trust. No entanto, Freitas destaca que os fundos imobiliários de renda podem ser valorizados no curto e médio prazo, devido a uma possível alta da inflação e à valorização dos ativos imobiliários em suas carteiras, que atualmente estão um pouco depreciados.

Freitas também aponta que os ativos imobiliários no Brasil ainda não refletiram a alta do dólar frente ao real no último ano. “Vejo um potencial de valorização dos ativos imobiliários nas carteiras dos fundos”, afirma o CEO da Oliveira Trust.

Mercado em expansão

No primeiro semestre do ano, foram realizadas 161 operações de Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), somando R$ 26,7 bilhões, um crescimento anual de 242,31%, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) divulgados pela Oliveira Trust. Freitas atribui esse crescimento à continuidade da alta demanda do ano passado.

Ele explica que o desenvolvimento do mercado nos últimos anos ocorreu porque os FIIs são “extremamente seguros e fantásticos, devido à sua capacidade de absorver tanto ativos de títulos imobiliários e do setor imobiliário, quanto o tijolo e a especulação com a compra e venda de ativos para ganho de capital”.

Freitas ressalta a importância de manter os benefícios tributários para evitar a evasão desses ativos. Ele também considera essencial que, no médio e longo prazo, após o ciclo de alta nos juros, a taxa Selic volte a uma trajetória de flexibilização, incentivando ainda mais as operações imobiliárias.

A Oliveira Trust, com escritórios no Rio de Janeiro e São Paulo e 80% de seus clientes concentrados na região Sudeste, é um dos 10 maiores administradores de FIIs no mercado, gerindo R$ 10,7 bilhões até junho deste ano.

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