CEO da Vale destaca alinhamento com o desenvolvimento do Brasil

No primeiro encontro oficial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde que assumiu a Vale, Gustavo Pimenta enfatizou a “enorme convergência” entre os projetos estratégicos da mineradora e a agenda de desenvolvimento do Brasil.

Durante a reunião, realizada no Palácio do Planalto, Pimenta apresentou iniciativas voltadas à transição energética e à descarbonização, ressaltando o papel da Vale na liderança global desses temas. Segundo a empresa, os projetos reforçam o compromisso com um crescimento sustentável e alinhado às prioridades nacionais.

Desde sua nomeação pelo Conselho de Administração, um dos focos de Pimenta tem sido fortalecer o relacionamento institucional da Vale, aproximando a companhia do governo e de outros setores estratégicos. Em uma reunião anterior com analistas de mercado, ele já havia destacado a importância desse diálogo.

Uma fonte próxima ao encontro revelou que Lula defendeu uma maior cooperação entre o governo e a mineradora, mencionando “ruídos” no passado que, segundo ele, não devem mais ocorrer. A reunião teria durado cerca de uma hora.

Em nota, a Vale afirmou que Pimenta mantém uma agenda contínua de diálogo com diversos públicos, incluindo comunidades, autoridades e investidores, reforçando seu compromisso com a transparência e a governança.

A escolha de Pimenta para liderar a companhia ocorreu após um período de críticas do governo Lula à condução da mineradora. O governo chegou a sinalizar o desejo de influenciar na definição da nova liderança, movimento que coincidiu com o fim do mandato de Eduardo Bartolomeo.

À época, o presidente do Conselho de Administração da Vale, Daniel Stieler, afirmou à Reuters que a empresa precisava melhorar sua comunicação institucional para evidenciar seu papel na sociedade. Ele também destacou que Pimenta possuía as competências necessárias para conduzir a mineradora nesse caminho.

Privatizada na década de 1990, a Vale opera hoje com capital pulverizado e sem um controlador definido. Seu maior acionista é a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, seguida por investidores como Mitsui e BlackRock.