Fontes informaram que o governo indicou Rondeau, Tolmasquim e Hubner para o conselho da Eletrobras.
O governo federal indicou Silas Rondeau, Maurício Tolmasquim e Nelson Hubner para compor o conselho de administração da Eletrobras (BVMF:ELET3), conforme revelaram fontes à Reuters. A informação, que havia sido publicada anteriormente pela Agência Infra, foi confirmada por duas fontes com conhecimento do processo.
Além disso, Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda, foi indicado para a vaga no conselho fiscal da companhia, segundo uma das fontes.
Esses nomes serão submetidos à aprovação na próxima assembleia ordinária da Eletrobras, agendada para o final de abril, juntamente com as indicações feitas por outros acionistas da empresa.
Em resposta à solicitação de comentário da Reuters, a Eletrobras não se manifestou imediatamente.
Rondeau e Hubner, ambos com uma longa trajetória no setor elétrico, ocuparam cargos ministeriais no Ministério de Minas e Energia durante gestões anteriores de Luiz Inácio Lula da Silva. Tolmasquim também tem ampla experiência na pasta e na Empresa de Pesquisa Energética (EPE), além de ser, atualmente, diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade na Petrobras (BVMF:PETR4).
Guido Mantega, que foi ministro da Fazenda nos governos de Lula e Dilma Rousseff, também foi cogitado para outros conselhos de administração no ano passado, incluindo o da Vale (BVMF:VALE3), mas sua indicação não avançou.
A eleição para o novo conselho da Eletrobras, marcada para abril, será a primeira grande reconfiguração desde a privatização da empresa, concluída em 2022. O processo de recuperação da companhia, conhecido como “turnaround”, está praticamente concluído, segundo declarações recentes do CEO Ivan Monteiro.
Além disso, a Eletrobras anunciou que, em uma negociação com o governo federal, assinou um acordo para resolver uma disputa no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os limites de poder de voto na companhia. Esse tema vinha gerando insegurança jurídica e impactando negativamente as ações da empresa na bolsa. Com esse acordo, o governo retomará sua representação nos conselhos da Eletrobras, enquanto a companhia deixa de ter compromissos relacionados à geração nuclear, mantendo-se como sócia minoritária da Eletronuclear.